segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
DECRETO
UNITATIS REDINTEGRATIO
SOBRE O ECUMENISMO
PROÉMIO
Natureza do movimento ecuménico
1. Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecuménico Vaticano II. Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são numerosas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como a verdadeira herança de Jesus Cristo. Todos, na verdade, se professam discípulos do Senhor, mas têm pareceres diversos e caminham por rumos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido(1). Esta divisão, porém, contradiz abertamente a vontade de Cristo, e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura.
O Senhor dos séculos, porém, prossegue sábia e pacientemente o plano de sua graça a favor de nós pecadores. Começou ultimamente a infundir de modo mais abundante nos cristãos separados entre si a compunção de coração e o desejo de união. Por toda a parte, muitos homens sentiram o impulso desta graça. Também surgiu entre os nossos irmãos separados, por moção da graça do Espirito Santo, um movimento cada vez mais intenso em ordem à restauração da unidade de todos os cristãos. Este movimento de unidade é chamado ecuménico. Participam dele os que invocam Deus Trino e confessam a Cristo como Senhor e Salvador, não só individualmente mas também reunidos em assembleias. Cada qual afirma que o grupo onde ouviu o Evangelho é Igreja sua e de Deus. Quase todos, se bem que de modo diverso, aspiram a uma Igreja de Deus una e visível, que seja verdadeiramente universal e enviada ao mundo inteiro, a fim de que o mundo se converta ao Evangelho e assim seja salvo, para glória de Deus.
Este sagrado Concílio considera todas essas coisas com muita alegria. Tendo já declarado a doutrina sobre a Igreja, movido pelo desejo de restaurar a unidade de todos os cristãos, quer propor a todos os católicos os meios, os caminhos e as formas com que eles possam corresponder a esta vocação e graça divina.
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS CATÓLICOS DO ECUMENISMO
Unidade da Igreja
2. Nisto se manifestou a caridade de Deus para connosco, em que o Filho unigénito de Deus foi enviado ao mundo pelo Pai a fim de que, feito homem, desse nova vida pela Redenção a todo o género humano e o unificasse(2). Antes de se imolar no altar da cruz como hóstia imaculada, rogou ao Pai pelos que crêem, dizendo: «Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti; para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste» (Jo. 17,21). Na Sua Igreja instituiu o admirável sacramento da Eucaristia, pelo qual é tanto significada como realizada a unidade da Igreja A Seus discípulos deu o novo mandamento do mútuo amor (3) e prometeu o Espírito Paráclito (4), que, como Senhor e fonte de vida, com eles permanecesse para sempre.
Suspenso na cruz e glorificado, o Senhor Jesus derramou o Espírito prometido. Por Ele chamou e congregou na unidade da fé, esperança e caridade o Povo da nova Aliança, que é a Igreja, como atesta o Apóstolo: «Só há um corpo e um espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação. Só há um Senhor, uma fé, um Baptismo» (Ef. 4, 45). Com efeito, «todos quantos fostes baptizados em Cristo, vos revestistes de Cristo... Pois todos sois um em Cristo Jesus» (Gál. 3, 27-28). O Espírito Santo habita nos crentes, enche e rege toda a Igreja, realiza aquela maravilhosa comunhão dos fiéis e une a todos tão intimamente em Cristo, que é princípio da unidade da Igreja. Ele faz a distribuição das graças e dos ofícios (5), enriquecendo a Igreja de Jesus Cristo com múltiplos dons, «a fim de aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, na edificação do corpo de Cristo» (Ef. 4,12).
Para estabelecer esta Sua Igreja santa em todo mundo até à consumação dos séculos, Cristo outorgou ao colégio dos doze o ofício de ensinar, governar e santificar (6). Dentre eles, escolheu Pedro, sobre quem, após a profissão de fé, decidiu edificar a Sua Igreja. A ele prometeu as chaves do reino dos céus (7) e, depois da profissão do seu amor, confiou-lhe a tarefa de confirmar todas as ovelhas na fé (8) e de apascentá-las em perfeita unidade (9), permanecendo eternamente o próprio Cristo Jesus como pedra angular fundamental (10) e pastor de nossas almas(11).
Jesus Cristo quer que o Seu Povo cresça mediante a fiel pregação do Evangelho, administração dos sacramentos e governo amoroso dos Apóstolos e dos seus sucessores os Bispos, com a sua cabeça, o sucessor de Pedro, sob a acção do Espírito Santo; e vai aperfeiçoando a sua comunhão na unidade: na confissão duma só fé, na comum celebração do culto divino e na fraterna concórdia da família de Deus.
Assim a Igreja, a única grei de Deus, como um sinal levantado entre as nações (12), oferecendo o Evangelho da paz a todo o género humano(13), peregrina em esperança, rumo à meta da pátria celeste(14).
Este é o sagrado mistério da unidade da Igreja, em Cristo e por Cristo, realizando o Espírito Santo a variedade dos ministérios. Deste mistério o supremo modelo e princípio é a unidade dum só Deus, o Pai e o Filho no Espírito Santo, na Trindade de pessoas...
domingo, 10 de janeiro de 2016
Festa do Batismo do senhor encerra o ciclo do Natal
No último 25 de dezembro celebramos o Natal do Senhor, festa que inaugura mais um Tempo Litúrgico que se encerra com a da festa do Batismo do Senhor. Saber a origem do Natal nos ajuda a compreender a importância desta festa para os cristãos. De fato, algumas pessoas ainda creem que se trata do aniversário natalício de Jesus de Nazaré. A data exata do nascimento de Jesus é difícil de ser precisada pelos historiadores devido à falta de documentação da época. Os evangelhos não são livros de história no sentido positivista contemporâneo, mas sim quatro reflexões teológicas sobre a pessoa de Jesus de Nazaré que é o Messias para os seus discípulos (psfx).
Em nossa igreja Matriz, celebramos esse grande dia presididos por Padre Natal (Quixadá-CE), com a presença de nosso pároco, Padre Roberto e do diácono permanente Jackson (diocese de Parnaíba).
sábado, 9 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Papa Francisco nomeia bispo coadjutor para a Diocese de Parnaíba-PI
Alteração no episcopado católico no Piauí. Na manhã desta quarta-feira, 06 de janeiro, a Nunciatura Apostólica, embaixada do Vaticano no Brasil, comunicou que o Papa Francisco nomeou dom Juarez Sousa da Silva (54) como bispo coadjutor de Parnaíba, transferindo-o da sede episcopal de Oeiras (PI).
A transferência promovida pelo pontífice atende ao pedido apresentado pelo bispo local, Dom Alfredo Schaffler (74), de poder contar com mais um bispo para auxiliá-lo no governo pastoral da diocese.
Ao ser nomeado coadjutor, Dom Juarez passa a ser o próximo bispo diocesano de Parnaíba. Porém, a sucessão ocorrerá apenas quando a renúncia de Dom Alfredo for acolhida pelo Papa Francisco. De acordo com o Código de Direito Canônico, conjunto de leis que rege a Igreja Católica, cada bispo, ao completar 75 anos de vida, deve apresentar sua renuncia ao governo diocesano. No caso de Dom Alfredo, a renuncia deverá ser acolhida no início de 2017.
A Diocese de Parnaíba foi criada em 1944. É composta por 28 paróquias, distribuídas em 27 cidades do norte piauiense. A padroeira diocesana é Nossa Senhora Mãe da Divina Graça.
O Bispo Coadjutor
Dom Juarez Sousa da Silva é natural de Barras (PI). Nasceu em 3 de junho de 1961. A nomeação ao episcopado ocorreu no dia 27 de fevereiro de 2008, feita pelo Papa Bento XVI. Tem como lema “Para que todos tenham vida”. Possui mestrado em História Eclesiástica pela Pontifícia Universidade Gregoriana.
Diocese de Oeiras está vacante
Com a transferência de Dom Juarez, a Diocese de Oeiras, composta por 21 municípios da região central do Piauí está sem um bispo, sendo dirigida por um administrador diocesano até que o Papa nomeie um novo pastor local.
Fonte: PASCOM
Edição: Evaldo Neres
Edição: Evaldo Neres
domingo, 3 de janeiro de 2016
O USO DO VÉU, NA IGREJA, PELAS MULHERES
Hoje em dia muito se discute se é ou não permitido que a mulher use o véu dentro da Igreja. Porém, a pergunta correta acerca do uso do véu seria: é ainda obrigatório para a mulher o uso do véu dentro da Igreja? Esta sempre foi a disciplina da Igreja atestada ao longo de dois mil anos. A última vez que a Igreja se manifestou a esse respeito foi em 1917, no Código de Direito Canônico, conhecido como Pio Beneditino. O Cânon 1262 dizia que:
Os varões na igreja ou fora da Igreja enquanto assistem os sagrados ritos estejam com a cabeça descoberta, a não ser que os legítimos costumes dos povos ou as circunstâncias peçam diversamente.
Quanto aos costumes é possível citar os Bispos que usam mitra ou os padres que usam o barrete, e quanto às circunstâncias poderiam ser citadas as celebrações ao ar livre, sob um sol causticante ou ainda sob a chuva. Nesses casos, permitia-se a cabeça coberta para os homens.
As mulheres, por sua vez, "estejam com a cabeça coberta e vestidas modestamente, especialmente quando se aproximam da mesa do Senhor", é o que diz o mesmo Código.
O uso do véu para as mulheres sempre foi uma obrigação unânime ao longo dos séculos. Escritos dos Santos Padres já dão notícia dessa disciplina e a própria Sagrada Escritura. Essa tradição continuou ao longo de toda a Idade Média, nos escritos de Santo Agostinho, ainda que ele não tenha se manifestado enfaticamente sobre o tema.
Recentemente, nasceu a ideia de que o uso do véu estaria ligado à cultura do local e que poderia ser deixado de lado, já que não está enraizado na natureza humana, mas seria tão somente uma circunstância cultural descartável. Seja como for, atualmente, não existe a obrigação canônica do uso do véu. O Código de Direito Canônico reformado por João Paulo II não traz o cânon mencionado.
O Cardeal Raymond Burke, presidente da Assinatura Apostólica, respondendo à pergunta de uma fiel sobre a obrigação do uso do véu, afirma que não existe a obrigação, mas se a pessoa vai participar do rito extraordinário seu uso seria muito pertinente, pois este rito possibilita uma expressão ritual mais adoradora que o rito ordinário.
A raiz teológica do uso piedoso do véu está na I Carta de São Paulo aos Coríntios, no Capítulo 11, versículos 2 a 16. São Paulo fala claramente sobre a obrigação do véu e o que se nota no restante do texto é que em toda a sua argumentação, São Paulo sempre relaciona a cobertura da cabeça da mulher com a glória.
"A própria natureza não vos ensina que para o homem é vergonhoso deixar o cabelo crescer, ao passo que para a mulher é honroso ter os cabelos compridos?" (14-15), nesse trecho, São Paulo demonstra que não se trata apenas de algo cultural, mas de algo natural. É próprio do feminino a elegância, a busca da expressão da beleza interior pelo cuidado e zelo com a aparência exterior. Da mesma forma, é tipicamente feminino o cuidado com os cabelos.
Diante disso, a mulher cobrir sua cabeça no momento dar glória a Deus é esconder a sua própria reverenciando Aquele que merece toda a glória. Usar o véu em atenção aos anjos, como diz São Paulo, significa que ela está participando de um culto de adoração a Deus juntamente com os anjos. Todas as criaturas, homens, mulheres e anjos, se prostram diante de Deus para adorá-lo e, nesse momento, todas elas devem esconder sua glória e dar glória a Deus. Cobrindo a cabeça, a mulher realiza isso de forma visível e ritual.
Portanto, não existe obrigação canônica para o uso do véu. O que existe é uma longa tradição que insere a mulher num espírito de ritualidade e adoração, fazendo com que diante de Deus ela esconda a própria beleza, a própria glória para dar glória à beleza de Deus.
De forma prática, o uso do véu requer prudência. Sobre ele recai a pecha de ser obsoleto, tradicionalista, contrário à dignidade da mulher, mas, embora seja justamente o contrário, é importante que a pessoa aja com prudência, principalmente se exercer na paróquia alguma função, como ministra extraordinária, catequista etc. Não se deve por em risco a oportunidade de prestar um grande serviço a Cristo.
Contudo, se a pessoa não está engajada e sente o desejo de usar o véu, que seja corajosa e use, ainda que sozinha. Em muitos casos semelhantes o que se viu foi que outras mulheres se interessaram por essa piedade e, após a devida instrução passaram a praticá-la.
De qualquer forma, o uso do véu é uma disciplina que, ao longo do tempo, santificou muitas mulheres e diante do mundo secularizado e imodesto que se vive hoje ensinar as meninas desde pequenas a usar o véu pode resultar em frutos excelentes nas próximas gerações.
MAS QUEM SÃO ESSAS MULHERES QUE ESTÃO A USAR O VÉU?
Dentre elas estão Régia e Trindade. Duas jovens da comunidade de Juazeiro, às quais tivemos o prazer de conversar.
- Porque vocês estão usando o véu?
- Nós somos de Juazeiro. Estamos participando de um encontro em nossa comunidade, todas as quintas-feiras (Oratório de São Felipe Neri), às sete horas da noite. ali, aprendemos que nós mulheres gostamos muito de mostrar os cabelos. Por isso, quando vimos à igreja, pomos o véu para mostrar que a glória de Deus é muito maior do que a vaidade que há em exibi-los.
Fonte: Evaldo Neres
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